A Ética na Informação — Poder ou Dever
A principio acho importante esclarecer que esse relatório/artigo será utilizado como nota principal da III UN na matéria de Ética e Aplicação Legislativa, matéria ministrada pela professora Elisângela Ayres na Escola Técnica Estadual Cícero Dias.
Para começar, gostaria de trazer a definição de duas palavras que serão amplamente discutidas (e fazem parte do título): Ética e Informação.
A Ética
é um conjunto de princípios e valores morais que fazemos uso em nossa conduta. E, segundo Mário Sérgio Cortella, a ética se resume em três questões da vida humana: querer, poder e dever. Ele diz que é necessário se questionar em torno dessas questões, e que a ação ética está na afirmação dessas perguntas.
A Informação
é o conjunto de dados e conhecimentos, que organizados, podem constituir referências de um determinado fato ou fenômeno. A informação também permite resolver problemas e tomar decisões, através de tal conhecimento.
Mas, como que a ética e a informação podem se cruzar? Onde que elas se encaixam? É possível ver claramente a presença da ética e da informação no filme “Snowden — Herói ou traidor?”.
Snowden — Herói ou Traidor
Com o filme “Snowden — Herói ou Traidor” é possível conhecer a história do Edward Snowden, um ex-administrador de sistemas da CIA (sim, aquela agência de inteligência dos Estados Unidos que aparece nos filmes de ação) e ex-contratado da NSA (Agência de Segurança Nacional, dos Estados Unidos), que foi responsável por um dos maiores vazamentos da história.
Edward Snowden vazou nada menos do que detalhes sobre os programas de vigilância dos Estados Unidos. Programas utilizados pela NSA, que tem capacidade o suficiente para monitorar completamente a vida de cada pessoa, tendo como requisito mínimo uma câmera/webcam e acesso à internet. No filme era possível ver de forma simples o funcionamento do programa (que pode facilmente ter sido utilizado como inspiração para a cultura pop, já que é facilmente comparado ao Olho de Deus, visto mais de uma vez na Franquia Velozes e Furiosos).
Snowden estava em um cargo bastante privilegiado, já que ele trabalhava na inteligencia de uma das maiores agências de segurança do mundo. Ele tinha acesso à todo tipo de dados. Desde mensagens de texto, até mesmo saber do seu dia a dia, ouvir as suas conversas (não é só a Amazon e o Google que fazem isso) e ver tudo (através da sua webcam, ou câmera de celular).
Outro elemento que é fortemente visto dentro do filme, é o senso moral do protagonista. Desde o começo, é possível ver um rapaz que ama seu país, e que preza pela liberdade do povo. Independente do posicionamento político do Snowden, ele tinha uma moral admirável. O vazamento não ocorreu por vingança ou como ataque antipatriota. Ele tentou por anos conviver com todas aquelas informações, tentando viver como todos os outros daquele meio viviam. Porém, sua consciência não tinha paz, e ele vivia atormentado com tudo aquilo.
Você não pode esperar que outra pessoa haja. Estava procurando por líderes, mas percebi que liderança é ser o primeiro a agir.
O vazamento foi o modo que Edward Snowden encontrou para fazer o que julgava correto, já que aquilo ia contra tudo que ele acreditava e considerava errado.
Afinal, a Ética na Informação é um poder ou dever?
A partir do exemplo de Snowden, é vista a diferença que um profissional ético pode trazer tanto no seu ambiente de trabalho, quanto no mundo. A ética e a moral podem utilizar a informação de um jeito benéfico, e muitas vezes melhor para todos.
